Paulinho Moska

E se eu disser que já assisti a esse filme antes
Que já conheço o seu roteiro tão banal
Onde um triângulo formado por amantes
Tem sempre um lado que se quebra no final
Formando o círculo do flerte flutuante
Régua e compasso do olhar diagonal

Pra que lado você pende?
Em que volta você está?
Tudo depende
De qual figura você quer formar

A cada traço seu desenho vai mudar
E novas cores na paleta vão surgir
E nesse espaço disponível pra pintar
Novos atores da sua tela vão partir
Deixando a imagem do passado em seu lugar
E em paralelo atravessando o seu sentir

Pra que lado você pende?...

Não adianta tentar apagar com a borracha
Virar a página também não é solução
Quando uma reta no nosso desenho se encaixa
Fica pra sempre uma mancha, uma linha, um borrão.